domingo, 15 de agosto de 2010

Kafkamarilha

Dormem como periplanetas americanas. Latino americanas. Acordam e se veem com as feições de homem. Mas como se ontem eu era um inseto? Ou seria um rato?

Inspirados naquela velha França revanchista, tomam chá de bastilhas no desjejum, suco vermelho de guilhotina e brioches de massa fina, mistura de falta de brio e deboche. Fraudam mundos e fundos de pensão a cada dia. O diabo sempre os guia. Matam pela mamata. E roubam. Como roubam! Roubam até por bravata. Roubam com gosto, roubam por vício, roubam inteiramente ou por partes, roubam como se o roubar fosse arte. 

Todas as noites, quando se deitam, voltam à velha e asquerosa forma. E a metamorfose se repete a cada nova, escura e cascorenta manhã.

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