quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A hora e a vez das augustas matracas

Não, eu não acho que as mulheres sejam seres de cabelos longos e idéias curtas, não acho que as mulheres devem esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque, não penso que negras são para trabalhar, mulatas para transar e brancas para casar. Em outras palavras, não sou um homem do século XIX.

Não sou. Mas ao assistir às entrevistas feitas com dona Dilma e dona Marina tive vontade de me converter ao machismo mais insano e radical. De fundar o movimento Mulheres na Política Nunca Mais. E não foi porque dona Dilma disse em alto e bom som que a Baixada Santista fica no Rio, nem porque dona Marina Silva seja capaz de transformar uma crise de apendicite em problema ambiental. A questão é outra: o que querem, para o Brasil, essas candidatas?

O que quer uma mulher? Perguntou Lacan em um artigo famoso. Detesto Lacan, mas, diante das atuais candidatas, a famosa pergunta começa a fazer sentido para mim.

Essas senhoras querem resolver as grandes questões do Brasil, quais sejam, saúde, educação e segurança, de que maneira? O Vermelho e o Negro é um romance que casa com dona Dilma. Melhor ficaria se o nome fosse Do Vermelho Para o Negro. Samba Verde de uma Nota Só é a cara de dona Marina.

Quero viver em um país bem administrado, não no Paraíso Perdido de Milton que elas nos vãos das respectivas retóricas oníricas nos prometem recuperar.

Alguém já disse na blogsphera que a única saída é o aeroporto. E o disse com acerto.

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